segunda-feira, 27 de abril de 2009

Minha vida na web

Hoje dediquei parte do meu dia à idéia de que a vida social que construímos na web é um marco de mudança bem mais expressivo que qualquer mobília que trocamos de lugar ou limpeza no armário que poderíamos fazer.

Exemplifico: tomada por impulsos revolucionários e pensamentos insanos, já me deixei agir, diversas vezes se vale dizer, pela mágica idéia de transformação completa, de renovação, de recriação. Em todas elas, meu ponto de start era a internet. Bastava acordar infeliz com o personagem - ou faceta, para as pessoas que não aceitam muito bem o termo empregado inicialmente - do dia que lá ia eu apagar comunidades, scraps, fotos, testimonials. Crazy, baby! No meio do ano passado, a minha fase de auto-avaliação me levou a destruir um blog. Simplesmente inconcebível para alguns amigos blogueiros que tenho!

As redes sociais são poderosas. Nenhum upgrade no guarda-roupa é tão marcante quanto um upgrade no profile. O [seu] mundo vê a ação de mudança.

Amanhã uma nova vida inicia para mim. Diferentemente do que fiz no passado, estarei logada e linkada a tudo que eu puder. É a minha vida a um clique.





quinta-feira, 2 de abril de 2009

É muita emoção!

Eu sabia que havia um motivo para esta felicidade toda de quinta-feira:

Clique aqui e fique feliz, brasileiro emocionado!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Doces lembranças

Acabo de viver uma vida em um milésimo de segundo.
E sempre me disseram que eu precisava de muito tempo...


Bru, estava olhando o site da loja que você me passou e, de repente, começou a tocar Novos Baianos.
Me veio um cheiro de Caros Amigos, gosto de Vila Madalena, textura de sol batendo na janela do meu antigo apê aos sábado à tarde. Às vezes sinto esses cheiros de descompromisso, de feirinhas de São Paulo, de cerveja no mercadão.
Aquela época não era nem pior nem melhor, mas que tinha mais cor, ah, isso tinha.

(nostalgia compartilhada, sensações compartilhadas, vidas entrelaçadas)


Jornalista não-praticante

Não sei se isso é profissão ou algum tipo de religiosidade, viu?

segunda-feira, 30 de março de 2009

Big Brodiando

Não tem quem não olhe quando uma mulher GOSTOSA atravessa um cruzamento ou anda vagarosamente entre uma vitrine e outra.

Como se fossem moldadas só para as capas de revista, com seus bíquininhos e decotes mais ousados, as mulheres no superlativo (ou gramaticalmente falando, no aumentativo sintético) despertam a atenção, inspiram as menos preconceituosas e aterrorizam as mais pudicas.

A verdade é que, homem ou mulher, nós, brasileiros, não estamos preparados para elas.

Duro admitir isso em pleno século XXI e no país do carnaval e da TV aberta mais permissiva of the world, não é? But, aceitem. É verdade. E taí uma experiência social boa de ibope para comprovar nosso olhar moralista: BBB. Em especial, BBB 9. Especificamente, Priscila Pires.




Se você entregou uma hora s-a-g-r-a-d-a da sua vida para a Globo e cedeu seus poucos neurônios para o reality show mais famoso do Brasil (e nem precisa ser com direito a acompanhamento diário, vício no PPV e leitura de blogs e notícias relacionadas), você sabe do que eu estou falando.

Até os mais porra-louca, maliciosamente, já questionaram o jeito desinibido, a pouca-roupa e o atrevimento e a sensualidade à flor da pele da participante Priscila.

A Pri se tornou o ícone da mulher no superlativo. Além do corpão desenhado em ão, ela gosta das melhores festas, das melhores bebidas, das danças ousadíssimas, do melhor sexo. E quem é que não gosta?

O problema, para nós, sociedade moralista e hipócrita, não é gostar do bom, do melhor e da putaria, é falar que gosta. É dizer em alto e bom som que o caráter nada tem a ver com o gosto pelos prazeres mais terrenos. Isso agride e fere os ouvidos ingênuos.

No caso da Pri, pouca importa o ser humano ético que ela é. Ela não vai ganhar o milhão porque deu a buceta (isso mesmo, possível leitor, não vou amenizar o peso desta palavra para olhos tão puros). Simples assim.

O Brasil não sabe lidar com as mulheres sensuais - e sexuais - que ajudou a forjar. Sensualidade é bom, mas apaga o cérebro, a alma e o coração. Como se sexo tivesse menos haver com tudo isso.



p.s.: Será que na terça-feira a manipulação vai comer solta again? Continue espiando.



Retirado do Portal UOL


sexta-feira, 27 de março de 2009

Não é ficção!

Há algumas semanas, eu tenho notado uma estranha padronização nos relatos de vítimas e espectadores de violência aqui no Brasil.

Com muita naturalidade, vítimas de seqüestro doméstico, espectadores de perseguição policial e testemunhas de ações judiciais têm dado declarações, no mínimo, espantosas. Ao invés das antigas críticas à sociedade, ao governo vigente, à puta que pariu os criminosos, ao sistema carcerário, à Deus e ao inferno, as nossas testemunhas oculares têm comparado - e com êxtase - a violência sofrida ou assistida aos seriados americanos e filmes hollywodianos.

Instigante, não é? Criada em grandes estúdios ou à espreita em alguma esquina, a violência está tão perto de nós que não nos abatemos mais. Essa reação tão terceiro milênio, me leva a crer que uma parcela da nossa violência de todo dia se deve à intenção de alcançar o status e a adrenalina alucinante das telonas na pacata vida real, sem graça, crua e sem dinheiro.

E agora você deve estar pensando: "Essa imbecil acha que tudo é culpa do cinema! Ah va!". Mas acalme-se, possível leitor, eu não acho isso, não. O problema está na cultura de deterioração da real life, das coisas simples, dos valores genesis, mas isso merece um outro post.

Bom, a verdade é que eu falei tuuuuuuuudo isso só para dizer que fiquei chocada com os depoimentos tão apáticos. O cidadão quase morre e ainda tem o disparate de dizer que se sentiu no meio de um seriado americano com a SWAT invadindo. Ô falta de bom senso.


quinta-feira, 26 de março de 2009

O mal da expectativa

ex.pec.ta.ti.va sf (lat exspectare+ivo): 1 Situação de quem espera uma probabilidade ou uma realização em tempo anunciado ou conhecido. 2 Esperança, baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas. 3 Estado de quem espera um bem que se deseja e cuja realização se julga provável. 4 Probabilidade. E. de direito: possibilidade de alguém obter vantagens ainda não definidas. E. de vida: número de anos, baseado na probabilidade estatística, que qualquer pessoa, de idade ou classe dadas, pode esperar de viver.


Em outras palavras, circunstância em que uma babaca se vê/encontra quando acredita que algo incrivelmente significativo vai dar certo.

O mal da expectação é justamente a idéia de que é difícil se convencer do óbvio, do que está na cara. Quando somos atingidos por essa esperança cega, ficamos burros e perdemos a capacidade lógica de assimilar fatos simples. Depois disso não há consolo. Fica o gostinho amargo da incapacidade de realização com um plus: a vergonha - e a raiva interna - por ter acreditado em algo tão declaradamente incerto e tão porcamente maquiado pelo otimismo ilusório que você mesmo criou.

Fica a dica: espere sempre o pior. O máximo que pode acontecer é você se surpreender e, caro amigo, isso é m-u-i-t-o legal.


Se vale um p.s., um p.s.: essa fase de otimismo pessoal repentino que me abateu nesta semana, apesar de ter decepcionado (obvius!), me estimulou a voltar a escrever nesta joça. Acredite ou não, isso está sendo bem legal. Aliás, escrevi again no Educação Alternativa. Clique aqui e leia-me.


Hasta luego, camaradas.