quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sobre ETs, burrice e um pouco de oportunismo

Se é que existe vida fora da Terra, ela é muito divertida. E às nossas custas!

Nós, seres humanos, devemos ser os bobos da corte, os idiotas ("chantas", em homenagem ao importantíssimo ensinamento que recebo dos Pimentéis :D) que se jogam no chão com tudo para ver se dói, que se furam com a faca para ver se sangra. Protagonistas de qualquer ação óbvia em que se sabe que vai dar merda.

Exemplo da nova babaquice globalizada é essa tal da crise financeira. Não a existência, não as consequências, não as possíveis soluções. O teor humano contido aí é que é bem burro. Não quero e nem vou entrar nos méritos de porque estamos passando por isso, mas preciso pôr em discussão o que estamos fazendo com isso.

Quantias que eu nem mesmo sei pronunciar estão sendo distribuídas à rodo para salvar a economia. Basta declarar-se insuficiente, deficiente econômico, que o doutor Financial Package vem remediar e - tentar - curar a virose. O problema está justamente no fato desta virose ter tornado-se transmissível. De um dia para o outro, empresas que no mês passado apresentavam um quadro de lucro exorbitante e além das expectativas (se me permitem a redundância), hoje alegam falência e pedem socorro ao banco de caridade.

A tão declarada pior crise dos últimos tempos não está ilesa dos oportunistas. O vírus que causou toda esta doença não foi eliminado. Triste é perceber que além de continuar infectando, mantém os órgãos sadios condicionados à hipocondria. Resta acreditar que o soro não tem sido dado sem check-up.

UPGRADE:
Será que eu ando tendo visões?
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p.s.: comecei a jogar búzios, tarô e i ching. Também faço amarração para o amor e sinastria amorosa. Consulte!


sábado, 17 de janeiro de 2009

Ensaio sobre a arte de não escrever

Jonh Kennedy disse uma vez: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer por seu país."

Há dias essa frase tem me tirado o sono. É um turbilhão de idéias invadindo minha cabeça grande e perdendo força, sufocando quando impelidas para fora, como se fossem impróprias para tornar-se movimento.

Em algum lugar, ainda persiste a crença de que o esforço e a responsabilidade coletiva são a única chance que temos de nos tornarmos mais humanos, no entanto tenho suicidado planos e boicotado ações ora por não julgar-me capaz, ora por não ser mais sectária de ideais que antes resumiam cada discurso de bar embebido numa esperança cega de que o indivíduo é parte comprometida com o todo e não isolada.

Ao mesmo tempo em que me constrange descobrir que tenho sonhado sonhos impossíveis, me perturba vislumbrar o caminho que pode vir adiante: o de frustração pessoal e de ganho individual, solitário.

Todo o tempo ouço cobranças por um destino mais justo, por um caminho mais limpo, por uma vida menos medíocre. De camarote, eu assisti heróis do (meu) passado transformarem-se em escravos de sua própria vida e sem direito à alforria. A única intersecção nestas vidas talhadas a usabilidade (sem direito a propriedade) é a falta de comprometimento com um objetivo maior, que conforte a mente quando o peso dos anos arruinarem o corpo. Dá medo.


Escrevendo sem publicar, teorizando sem praticar, testando sem criar. É assim que tem sido ultimamente. O maior receio é que tem quem viva assim por décadas, tem quem opte ir vivendo sem viver, mas eu espero que não seja esse o caso.